Já ouviu falar no OTIF (On Time In Full)? Conheça melhor como funciona esse indicador para a área de logística e que impacto gera para suas operações!

Os indicadores logísticos são ferramentas muito importantes para monitorar os resultados dos seus processos e o desempenho da sua equipe. Por meio deles, é possível detectar falhas que possam estar gerando perdas financeiras ou competitividade. Um desses KPIs mais importantes é o OTIF (On Time In Full). Já ouviu falar?

Neste artigo, vamos entender melhor como funciona o OTIF para a área de logística. Saiba como calcular e que impacto pode ter em suas operações!

O que é OTIF (On Time In Full)?

Resumidamente, OTIF refere-se à entrega do produto certo dentro do prazo combinado com o cliente. É, portanto, um indicador de desempenho que reflete muito mais do que um número. Trata-se da capacidade operacional da empresa de cumprir com seu compromisso com o consumidor.

O OTIF é um indicador formado por duas métricas:

  • on time: mercadoria entregue no tempo certo, conforme o prazo estimado no ato da compra;
  • in full: ligado à quantidade de itens no pedido. Assim, ele informa se o cliente recebeu tudo o que comprou, logo na primeira entrega.

Esses dados informam muito sobre o desempenho das entregas e capacidade produtiva do negócio. Por exemplo, um fornecedor precisa fazer uma entrega de 100 sacos de cimento, mas no dia de entrega perceber que só têm 90. Então, ele compra de uma empresa terceira 10 sacos para completar o pedido. O cliente recebeu o pedido completo, mas o negócio pagou mais caro por comprar de última hora a quantidade faltante. Dessa forma, ela não está “in full”.

Quais as vantagens de usar o OTIF na área logística?

Após implementar os processos de monitoramento do indicador OTIF, a empresa pode perceber diversos benefícios em suas operações, como:

  • clientes mais satisfeitos;
  • melhor performance de entrega;
  • comunicação aprimorada entre setores;
  • menos despesas logísticas;
  • melhor gerenciamento fluxo de estoque;
  • melhor vantagem competitiva no mercado, por ser reconhecido como uma marca que cumpre suas entregas.

Ao analisar os números, a empresa pode fazer os ajustes necessários. Por exemplo, se o índice On Time estiver baixo, é possível analisar as etapas do processo de picking e packing, bem como as operações logísticas para determinar o que pode estar atrasando as entregas.

Problemas com o índice In Full podem indicar falhas na comunicação interna entre o time comercial e a área logística. Também podem alertar sobre problemas de abastecimento, baixos níveis de estoque e dificuldades na linha de produção.

Como calcular o OTIF?

Para o cálculo do OTIF, é necessário utilizar os últimos 12 meses de pedidos, categorizando-os em dois grupos:

  • pedidos atendidos no prazo: on time;
  • pedidos entregues sem erros: in full.

A ideia é estabelecer um percentual para cada um dos grupos. Para isso, basta tomar a quantidade de cada grupo e dividir pelo volume total de pedidos. Por exemplo, se durante o ano, a empresa somou 1400 pedidos, poderíamos dar o seguinte exemplo:

  • on time: 1250 pedidos atendidos no prazo. Então, 1250/1400 = 0,89, ou seja, 89%.
  • in full: 1100 pedidos entregues sem erros. Então, 1100/1400 = 78%.

Após chegar a esse resultado, bastará multiplicar os dois em forma de números decimais:

  • 0,89 x 0,78 = 0,69, ou 69%

Dessa forma, chegamos ao indicador OTIF. É preciso entender que a definição de uma entrega completa é bastante rigorosa. Para categorizar o status como “atendeu”, é preciso que todos os quesitos tenham sido atendidos. No geral, as empresas buscam um OTIF em torno de 95%. Sendo assim, o índice do nosso exemplo estaria bem abaixo.

É verdade que podem surgir diversas situações que fogem do controle logístico, como acidentes ou greves. Mas é necessário implementar melhorias para garantir que o OTIF se mantenha alto. Afinal, é a satisfação dos clientes que está em jogo.

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