Sabe o que é o efeito chicote (bullwhip) e como evitá-lo? Entenda melhor esse assunto neste post!

Erros na previsão de demanda podem gerar muitos problemas para os diferentes membros da cadeia de suprimentos. Uma dessas falhas pode ser gerada pelo efeito chicote, ou bullwhip.

Neste artigo, você vai entender na prática como acontece esse fenômeno logístico e que estratégias usar para evitá-lo!

O que é o efeito chicote (bullwhip)?

O efeito chicote, também conhecido como bullwhip effect, é um conceito logístico que nomeia um problema de erros na estimativa de demanda dos diferentes participantes da cadeia de suprimentos, especialmente quando ocorrem oscilações nos volumes de pedidos.

Esse efeito é muito comum quando a referência de demanda é a informação recebida pelo membro anterior da cadeia de suprimentos, em vez de se basear na demanda do cliente. Isso pode impactar o valor real, uma vez que alguns cenários podem fazer o estoque variar bastante, como ofertas e estoques de segurança.

Na prática ocorre da seguinte maneira. Considere uma cadeia de suprimentos composta pela loja, pelo distribuidor e pela fábrica.

Digamos que a loja tenha demanda média diária de 100 camisas. Mas guarda 200 em seu estoque — mais 100 unidades por segurança. No entanto, em um dia específico, existe um aumento de 50 unidades no dia, somando uma demanda de 150 camisas. Ela usou 50 unidades do seu estoque de emergência para cobrir a demanda. Então, ela pede 200 camisas para o distribuidor (150 para a nova demanda e 50 para cobrir o estoque de segurança).

O distribuidor recebe o pedido das 200 camisas e também vai precisar usar 100 unidades de seu estoque de emergência para atender o pedido. Assim, o distribuidor repassa essa demanda para a fábrica, fazendo o pedido de 300 camisas (200 da nova demanda e 100 do estoque).

Do lado da fábrica, os 100 pedidos iniciais agora viraram 300 blusas, aumentando a produção para atender a essa nova demanda.

Trata-se então de um efeito de chicote, ou em cascata, que se irradia por toda a cadeia de suprimentos com base em dados ineficientes. Esse desequilíbrio, como observado, foi gerado porque não foi considerado como estoque de emergência.

Essa tentativa de as empresas alinharem suas ofertas às demandas acaba gerando uma discrepância entre o real e o previsto. Mas que problemas isso pode gerar?

Como isso afeta a gestão de suprimentos?

Os problemas gerados pelo bullwhip são muitos:

  • investimento mais volumosos para custear o armazenamento aumentado, sem necessidade;
  • rupturas de estoque pela tentativa de reequilibrar o estoque, esvaziando itens não necessários;
  • A sensação do fabricante é de precisar aumentar a produção, mesmo que a demanda atual seja suficiente.

Como evitar o efeito chicote?

No geral, o efeito chicote ocorre porque as empresas não contam com informações corretas sobre seus clientes. Assim, para se proteger de uma alta na demanda, tentam garantir o estoque.

O problema está, portanto, no fluxo de informações. Por isso, algumas das principais soluções para evitar esse fenômeno incluem as seguintes estratégias.

Softwares de gestão

Uso de sistemas de informação (softwares) especializados na cadeia de suprimentos que permitam o compartilhamento seguro de informações. Isso permite maior visibilidade dos dados e ajustes mais precisos nas previsões de demanda.

Coordenação na cadeia de suprimentos

Além disso, é importante haver uma coordenação mais próxima e dinâmica entre os diferentes participantes da cadeia de suprimentos. Conte sempre com fornecedores qualificados e com equipes capacitadas para inserir dados corretos no sistema.

Processos bem definidos

Tente também criar processos bem definidos para designar pessoas e fluxos que expliquem como as informações vão transitar. A digitalização das operações por si só contribui para essa padronização.

Essa livre comunicação entre empresas e profissionais capacitados com ferramentas adequadas vai permitir que erros na logística, como o efeito chicote (bullwhip) sejam reduzidos ao máximo.

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